Eu, que hoje empurro tudo com a barriga
Não tenho nem mais os simples prazeres carnais,
A alegria dos carnavais, e mesmo assim
Sinto que tanto faz
Dá alguma saudade
Às vezes dá uma carência,
Saber de novo como é o toque de uma mão na minha,
Que me faça esquecer que sou sozinha
Talvez eu esteja mesmo por fora,
Não esteja vivendo como se deve
E percebi só agora
(Afinal, qual é a maneira correta de viver?)
Eu, nesse inverno, sinto frio
Não só o físico, mas também o vazio
Que afoga meu peito e parece não ter salvação
Eu, que antes fazia poesia
Era prosa
Fantasia
Que de tudo ria
Já agora não mais
O que será de mim daqui pra frente,
nos futuros carnavais?
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