sexta-feira, 29 de julho de 2011

Frenético

Hoje acordei com um milhão de sensações: carinho, saudades e junto a isso, sinto que meus calcanhares doem. Poderia escrever diversas metáforas para cada uma das sensações, mas tenho preguiça transbordando de modo que não se esconde. Sempre presente, por sinal. Ócio que me consome, mas algo tem que ser feito. Levanto-me da cama e tais sensações acompanham-me como se estivessem penduradas, suspensas no meu corpo, tamanha a intensidade de cada uma. Arejar foi tranquilizante, sair de casa é sempre melhor do que parece. Sentir o ritmo da cidade, que, mesmo que não me acompanhe, está presente de um jeito ou de outro. Ritmo louco, frenético. Até que eu gosto. Chego na farmácia e busco por band-aids para cobrir as feridas nos meus calcanhares. Por fim estou fazendo o caminho de volta, para então começar o dia outra vez, outra rotina e outros calcanhares.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

16 forever

O tempo passou, e eu cheguei até aqui. E quero parar. Porque o mundo me assusta, e por mais que eu queira crescer, não quero. Gosto tanto da minha vida agora, aos 16 anos... que poderia ficar perdida nesse tempo-espaço para sempre. Quer rotina melhor do que escola-dormir-acordar-escola? Tudo bem que escola não é a melhor fase da vida, mas depois a gente ouve dos mais velhos que iremos sentir falta. Também tem a faculdade, que é uma coisa mais passageira que a escola, mas também muito mais intensa. Eu tenho planos para o futuro, mas até lá, ainda tenho 16 anos. E esse ano faço 17, e no outro 18... E quando me vejo pensando no que vai ser de mim, já estou formada, trabalhando na área que eu realmente gosto e com filhos pra criar. Embora eu precise dessa independência e responsabilidade, não quero pensar em pagar contas, em não ter os conselhos da minha mãe. Aliás, me assusta saber que um dia não vou ter minha mãe e meu pai ali pra tudo. Não tenho vergonha de admitir, de verdade. Não sou nenhuma dessas garotas que tem 16 anos e acha que tem 21. Tudo tem seu tempo, e eu estou vivendo o meu melhor tempo desde então. Ainda ganho minha mesada e gasto com as coisas que eu quero sem ter que dar satisfações pros meus pais, meu pai paga meus sapatos e minhas roupas, eu não preciso trabalhar pra isso... Só preciso não ser uma vagal. Ainda tenho minha mãe pra cuidar dos meus problemas de gastrite quando estou realmente mal, e ficar ao meu lado até adormecer. Tenho meu pai, que tem sido meu mais fiel companheiro de almoços aos domingos desde que meu irmão começou a namorar, e a minha mãe começou a ter eventos todos os finais de semana. Tenho meu quarto, minha bagunça que eu nem preciso arrumar, porque sempre tem alguém que não aguenta vê-lo bagunçado. Tenho tudo que eu preciso ter, e ainda quero mais. Quero poder usufruir disso para sempre. Por isso não quero crescer. Me assusta saber que vou perder tudo isso e vou ter que me virar sozinha. Porque o mundo é cruel. E vai ficar cada vez pior. Não quero que meus filhos vivam num mundo cruel. Quero que eles tenham as mesmas oportunidades que eu, ou até melhores. Mas... porque já estou falando em filhos? Não vivo naquele programa ''16 and pregnant''. Eu vivo minha vida da melhor maneira possível... estou assustada com o que o mundo pode me tornar, ou tornar-se, mas estou vivendo. Até meus 17, meus 18 ou até o nascimento dos meus filhos, ou além.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ócio

As férias não poderiam ter vindo em tempos melhores. Gosto de quando as coisas começam a funcionar a meu favor quando necessário. Tanta coisa se passando desde... então. Várias paixões levianas que sem dúvida serão devidamente esquecidas agora, exatamente por serem levianas. Várias coisas a fazer e muito tempo pra fazê-las. Apesar de minha única vontade ser ficar na cama. No ócio. Convidativo... uma pena que terei de recusar. Quem sabe outra hora, para um chá e uns biscoitos.