quinta-feira, 23 de junho de 2011
Cheia do vazio
Sensação de vazio mais estranha que essa, não há. É uma sensação de vazio, porém cheia, cheia de lamentos, de falsas esperanças e de ausências. Tantas coisas num vazio só, que qualquer hora explode. Nessa hora, não sei se quero sentir isso, embora sei que preciso. Não sei se quero me pertencer, que minha alma me pertença. Quero me libertar e estar em algum lugar que seja preenchido por amor, tranquilidade e uma bolha. Que me proteja. Da escuridão. Dos sentimentos. Dos calafrios. Do olhar gélido. Do coração palpitando. Discutindo com a cabeça. Que tem razão, mesmo que não queira. Desviando meu olhar. Do seu. Que me compromete. Te entrega. Te faz tão meu. Que prende sua mão em minha. E não larga. Permanece. Aquece. Provavelmente me vejo pensando nesse momento no futuro. Que permanece. Não quero que nada disso não me reste.
domingo, 12 de junho de 2011
Pessoal
Tudo mudou. Inclusive as pessoas, acho que foi a maior mudança que ocorreu dentre esse curto espaço de tempo. E muitas se foram, e muitas outras chegaram. Tantos outros indiferentes, imperceptíveis, que quase por falta de tempo, inexistentes. E agora está tudo mudado. Inclusive os hábitos. A rotina sempre tão tosca. Sempre a achei tão desnecessária. Conforme as mudanças vem vindo, a rotina acostumou-se com meu desprezo, mas por fim, abandonou-me. Ainda bem. E a partir de hoje, continuo em busca do novo. Do novo conhecido. Que por início é apenas um conhecido, e depois um alguém um pouco mais próximo. E cada vez mais próximo. E se torna um amor, que talvez não correspondido, mas esse é o drama todo do amor. E meus anseios de trazê-lo para mais perto crescem... Quero tocá-lo. Sentir seu aroma natural, e quero que siga seus extintos. Sentir o salgado do seu corpo a cada vez que te tocar com a língua, e que me arrepie, que me faça sua. Que me envolva no ato em que estivermos entrelaçados, seguindo os passos fiéis do movimento que não tem como ser outro. Vai e vem. Meu amor. Quero dizer ao pé do seu ouvido o quanto aprecio esse momento. E quero que se torne como uma fita cassete das antigas: rebobine, acelere, um pouco mais devagar... Permaneceremos juntos e exalando ao nosso cheiro característico, quem sabe fumar um cigarro que torne o ambiente com cheiros que se misturem, mas continuem sendo nossos. Esta sou eu, ainda procurando te encontrar, perto do posto, do mercado e de casas antigas com portões baixos. Com os ventos que desajeitam meu cabelo que nem ao menos foram uma vez ajeitados. Ouço a sinfonia pouco sincronizada da avenida e das buzinas e das pessoas e de todo o resto. Continuo andando em busca de um olhar que me corresponda: não só ao meu amor, mas também aos meus anseios, e tudo o que tenho procurado e nunca encontrei. E dizem que tudo tem seu tempo certo, que tudo tem que acontecer naturalmente. Com um empurrãozinho deixa de ser naturalmente? Perde toda a graça? Espero que não.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Rotineiro
Calor. Meus calcanhares doem. Preciso de um abraço. Carinho. Saudades. Nirvana, não a banda, e sim o que a palavra representa. Meu estojo, meu celular e alguns sentimentos. Ócio. Branco. Quero conversar com alguém, alguém diferente. Meu sono e minha cama, lado a lado. Queria minhas férias para sempre. Jornalismo. Quero muito. Andei lendo Chico Buarque. Ainda tenho alguns. Descascou, embora fosse recente. Branco. Quebraram e eu fiquei magoada. Comprei band-aids. Rabiscos. Estorvo. Cazuza no pulso. Tatuagem de mentirinha e um laço. Rosa, azul turquesa e etc. Paulo Leminski, eu adoro. Meu cofre é um sapo. Espelho manchado. Bilhetes na carteira, algumas notas ficais com sentimentos. Pés cansados. Branco. Encerramento sem desfecho, sem final. Acabou.
Assinar:
Postagens (Atom)