sexta-feira, 26 de março de 2010
Despedida.
Os dias tem perdido a graça e até mesmo tenho preguiça de levantar da minha cama para viver. Sabe, soa complicado pra mim, eu estou querendo desistir, e ficar para sempre longe daqui. Não sei explicar, mas eu tenho estado abalada com pequenas coisas, minha emoções estão muito a flor da pele, e eu gosto disso até. Mas as vezes pode fazer mal, e eu não quero. Eu quero largar tudo, ir pra longe, e ficar lá, até quando eu achar que for necessário. Até não aguentar mais, mas por favor, eu quero manter a ligação com essas pessoas que eu amo. Eu não quero nunca perdê-las. Nunca. Ultimamente eu sinto a necessidade de dizer o quanto eu gosto das pessoas, aí eu fico bem. Queria mesmo reunir todo mundo que eu amo, dizer tudo o que eu quero, fazer tudo o que me der vontade. Queria sentir que me amam, que me querem por perto. Queria eliminar qualquer vestígio de sentimento ruim, e só deixar tudo ser maravilhoso, sem forçar, ser por ser mesmo. Ser por que tem que ser. Queria a emoção de viver tudo que já aconteceu, queria ter nascido antes, perdi tanta coisa. Hoje em dia tudo é muito mais quantidade do que qualidade, futilidade, sei lá. Precisava tanto dessa pausa na minha vida pacata aqui. Queria novos ares, novas aventuras, intensidade. Vou fugir pra África. Vou ficar um pouco lá, na savana. Ô coisa linda. Eu e as zebrinhas, na minha cabaninha de palha, só eu e elas. Vou ficar em constante meditação, em constante sintonia. Como eu queria que isso fosse verdade, mas não é, amigo. E eu tô escrevendo porque sem motivos, ou com motivos, eu vou fugir. Vou pra longe mesmo, eu queria que você soubesse, pelo menos você. Não dá mais pra ficar por aqui, e eu não queria despedidas, elas me fazem chorar. Não tenho receio de partir, mas quero que avise a minha familia que eu amo muito eles, e você, só tenho a te agradecer, obrigada por me ajudar, me ouvir, e saber exatamente quando estou errada. Você me entende como ninguém. Você é meu espelho, você sou eu. Afinal somos uma só. Eu sei que você também já não quer mais sair da sua cama pra ver o mundo lá fora, eu sei. Mas a gente vai se esbarrar sempre. Na verdade, a gente vai estar sempre junta. A gente não se desgruda, por mais que as vezes temos nossos desentendimentos, nós nos entendemos como ninguém. Agora sem mais delongas, tenho que ir, estou de partida da cidade, mas estarei sempre por perto. Diria pra você mandar notícias, e até mandaria, mas agora sou do mundo, não tenho endereço fixo, não tenho telefone de contato, estou partindo só com uns trocados e umas peças de roupa. Vou ter que me virar so jeito que der, mas eu vou me dar bem, garanto. Não tenho nada a perder. Tô com você sempre. Adeus.
sexta-feira, 19 de março de 2010
...
Às vezes me pego pensando como seria a vida daqui alguns anos. Será que conservaremos a verdadeira essência da vida, ou adotaremos o modo de vida artificial? Abandonaremos nossos atuais hábitos para nos adaptarmos à um mundo novo e cheio de coisas estranhas? Se você permitir, você pode ser o mesmo daqui um tempo, basta querer. E é claro que muitas pessoas querem. Nós queremos preservar a intensidade de ter uma vida simples e sem muitas preocupações, queremos também a ingenuidade da infância de volta, a incerteza do amanhã, a sensação de que algo muito bom está para acontecer, mas, será que realmente as pessoas conservam esses sentimentos, essa intensidade, de modo que mantenham isso no futuro? Eu queria muito ter essa resposta, porque fico angustiada
só de pensar que isso um dia poderá não existir mais. Tempo, exclusivamente ele, o tempo, só ele será capaz de me responder essa questão. Agora o que nos resta é esperar, esperar, esperar...
Não sei exatamente o porquê, mas eu gosto tanto desse texto :)
Ouvindo: Your Love Is My Drug - Ke$ha
só de pensar que isso um dia poderá não existir mais. Tempo, exclusivamente ele, o tempo, só ele será capaz de me responder essa questão. Agora o que nos resta é esperar, esperar, esperar...
Não sei exatamente o porquê, mas eu gosto tanto desse texto :)
Ouvindo: Your Love Is My Drug - Ke$ha
terça-feira, 2 de março de 2010
I's.
Incerteza. Ela não sabe se quer, ou se não quer. Na verdade, nem ao menos sabe oque querer. Sempre se pega pensando nessas coisas, é frequente, e ela só percebe depois. Talvez incerta não, mas talvez impulsiva, ou não, pode ser inconsequente, intolerante, pode ser o que quiser. Incógnita: x, y, n. O que quiser. E é isso que gosta em si. Nesse cardápio de incógnitas, cheio de pratos fartos do imprevisível. Talvez essa letra seja mesma a que a define. I. Pode até mesmo ser ''eu'' em inglês. Afinal, antes de tudo, amar-se é garantir-se, confiança, auto-estima. Pode ser do ego, o ''eu'' em latim. Pode ser o que quiser, afinal, são infinitas as possibilidades. E é assim que os fatos vem na vida dela, tão imprevisíveis, que nem ela mesmo consegue entender. Por isso pensa, reflete, pensa mais, reflete denovo. Por ser impulsiva, faz o que quer e só pensa depois, só depois vê se o que fez foi o certo, ou até mesmo o errado. Afinal, imperfeição também existe, ô se existe. Analisa-se, estuda-se, tenta explicar o que seu consciente quer, ao modo que tenta equilibrar o que o seu subconsciente não pode ter. Mas não, ela não consegue. Talvez I seja mesmo a letra que a define. Indefinível. Contraditório, não? É mesmo. Isabela.
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